As aulas já acabaram há cerca de um mês e agora é tempo de aproveitar o tempo que resta até Setembro para desfrutar de umas merecidas férias. O Clube da História não quis ficar indiferente a esta época e aproveita este meio para te desejar um óptimo período de descanso.
No entanto, gostávamos de te dar alguma informação sobre como se aproveitava estes períodos no passado.
(banhistas nos anos 20 no Rio Grande do Sul)
Assim, o hábito de ir à praia, só começou no final do século XIX, sendo que a maior parte das pessoas que frequentavam as praias eram das classe mais abastadas, tais como a aristocracia, a alta burguesia e também a corte. A maior parte da população ficava em casa e quando queira apanhar um pouco de sol deslocava-se muitas vezes de eléctrico até Algés. Foi também nos finais deste século que começaram a surgir as habitações de praia, as quais se podem encontrar em toda a Linha de Cascais, muitas deles com formas apalaçadas, símbolos da riqueza e da opulência dos grupos mais favorecidos socialmente.
Só com o surgimento do comboio na Linha de Cascais é que as praias desta zona passaram a ser mais frequentadas e posteriormente a Linha do Oeste (de Lisboa à Figueira da Foz) vai levar mais pessoas de origem mais humilde às praias da Estremadura. Com a construção da Ponte sobre o Tejo (actual Ponte 25 de Abril e na altura baptizada com o nome do chefe do Governo, Salazar) é que as praias da margem sul começam a ser frequentadas por todos os que procuram lugares mais distantes da capital, tais como a Costa da Caparica ou Sesimbra.
Nas praias andava-se vestido (só nos anos 30 é que começaram a surgir os primeiros fatos de banho, iguais para homens e mulheres) e havia um banheiro que "dava banho" às pessoas que não sabiam nadar, ao mesmo tempo que assegurava a segurança destes espaços balneares.
Era de facto muito diferente o hábito de ir à praia no século passado.
(banhistas na praia nos anos sessenta)
